RESUMO O objetivo deste estudo é eles apresentam a importância das soft skills para o ensino fundamental, elas são direcionadas para os anos inicias. Partindo de uma vivência de dois anos em uma Escola Multi Integral (EMI), localizada no Park Way, onde o trabalho voltado para o socioemocional com as crianças é uma rotina, esta pesquisa explora como práticas pedagógicas focadas na empatia, coragem, gratidão, amor-próprio e criatividade, além do perdão, amizade, resolução de conflitos, alegria, paciência e senso de responsabilidade, podem realmente transformar o comportamento e o rendimento escolar dos alunos. as Soft Skills conhecidas como “habilidades para a vida”, tendo a intenção de seguir um percurso prático e agradável para desenvolver e adquirir essas competências socioemocionais. Portanto, é dê-se analisar da seguinte maneira estas habilidades afetam a forma de os alunos se formaram como pessoa, tanto os seus aspectos emocionais quanto sociais, comportamento e desempenho na escola. A pesquisa procura entender como essas atividades podem se integrar ao dia a dia da escola, criando um ambiente mais acolhedor, respeitoso e cooperativo. Observamos também, a importância de uma gestão escolar que se baseia em informações e reconhece que a felicidade e o bem-estar são a base para o aprendizado no mundo de hoje, com suas inovações e tecnologias. Além disso, o estudo explora a importância vital da saúde mental que a Organização Mundial da Saúde (OMS) define como um estado de bem-estar onde a pessoa usa suas capacidades e contribui para a comunidade e como maneiras de despertar emoções ao ensinar podem enriquecer profundamente a jornada educativa, preparando o aluno para ser proativo e independente. Por fim, abordamos a fundamental corresponsabilidade da família e os desafios que o mundo digital nos apresenta. PALAVRAS-CHAVE: habilidades socioemocionais; Soft Skills; educação.
INTRODUÇÃO A educação vai muito além de passar conteúdo. Em um mundo cada vez mais complexo, é preciso aprimorar capacidades que vão além da inteligência. Nesse contexto, as competências socioemocionais, chamadas como Soft Skills, ganham destaque como elementos importante na educação infantil. Considerando que o progresso socioemocional é, na realidade, o centro do aprendizado, este estudo busca examinar de que maneira a sua aplicação pode gerar efeitos positivos no modo de agir, no desempenho acadêmico e na qualidade de vida dos alunos. Esse estudo se baseia na vivência prática de dois anos da autora, que trabalha na Escola Multi Integral (EMI), no Park Way- DF. Nesse período, um trabalho contínuo com foco socioemocional tem sido desenvolvido com as crianças do Ensino Fundamental - Anos Iniciais. A escola, precisa ser um lugar que realmente sente, que ouve e que acolhe. Quando uma criança encontra espaço para se expressar e é ouvida, ela naturalmente se sente valorizada e respeitada. Educar com escuta é um gesto poderoso que diz ao aluno: "você importa, sua voz tem um lugar". A escuta atenta e a empatia, nesse sentido, representam atos transformadores na prática pedagógica, mudando a relação entre professor e aluno, fortalecendo laços e construindo um ambiente de segurança e afeto. Como bem disse Nelson Mandela, "não existe nada mais revelador da alma de uma sociedade do que o modo como ela trata suas crianças." Dentre as habilidades socioemocionais que se mostram fundamentais nessa fase da vida, podemos destacar a empatia, a coragem, a gratidão, o amor-próprio e a criatividade. Essas qualidades são essenciais para o bem-estar e o aprendizado dos alunos. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo analisar como contribuições de práticas pedagógicas específicas, a partir de uma metodologia de Estudo das Soft Skills, se constituem no diferencial para a formação integral de crianças, já que envolvem as partes emocionais e sociais que regem a criança e se vinculam diretamente ao seu comportamento em relação ao desemprenho escolar. A forma de gerir e avaliar a escola com base em informações se torna essencial para que o ensino seja mais eficaz e para que todos se sintam responsáveis. Essa maneira de trabalhar permite identificar alunos que precisam de mais atenção, intervir de forma assertiva, usar melhor os recursos e garantir a clareza. Entender quem é o nosso aluno de hoje é crucial: uma criança que faz várias coisas ao mesmo tempo, adora a tecnologia, convive com várias culturas, se interessa por várias coisas ao mesmo tempo, mas, frequentemente, ainda sentida e que sonha ser protagonista e agente de suas próprias decisões. A saúde mental é um estado de bem-estar em que a pessoa é capaz de usar suas próprias habilidades, se recuperar do estresse comum, e ainda ser produtiva e contribuir com sua comunidade. Sua pratica no ambiente escolar é um dos pontos importantes desta pesquisa.
1.1. Problema de Pesquisa Como o trabalho socioemocional, por meio de aulas e atividades dedicadas às Soft Skills, pode impulsionar o aprendizado e o desenvolvimento completo das crianças nas escolas? E como, a gestão escolar pode aprimorar suas práticas pedagógicas, aumentando o bem-estar e a saúde mental dos estudantes, preparando-os, de fato, para serem protagonistas e autônomos no mundo de hoje?
1.2. Objetivos 1.2.1. Objetivo Geral: O foco da análise está na contribuição das práticas pedagógicas que priorizam o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, essenciais para o crescimento das crianças durante os Anos Iniciais do Ensino Fundamental. 1.2.2. Objetivos Específicos: • Promover uma compreensão mais profunda e a prática de habilidades socioemocionais como a coragem, o perdão, o amor, a empatia, a gratidão, a criatividade, a resolução de conflitos, a alegria, a paciência e a responsabilidade. • Identificar como essas habilidades impactam diretamente o comportamento dos alunos, suas interações sociais e seu desempenho acadêmico. • Pensar em maneiras de a escola intensificar as emoções durante o processo de ensino, utilizando estratégias que realmente envolvam os alunos e contribuam para sua felicidade e bem-estar. • Avaliar a eficácia da metodologia das "Soft Skills" pode ser um caminho transformador, prestando atenção especial à corresponsabilidade entre família e escola, além de reconhecer o papel essencial da paixão, energia e persistência na educação. • Debater a relevância da gestão escolar orientada por informações para identificar as necessidades dos alunos e otimizar a alocação de recursos em prol do desenvolvimento socioemocional. • Unir o trabalho socioemocional à promoção da saúde mental, preparando os alunos para os desafios que o mundo tecnológico apresenta. Dessa forma, conseguimos capacitá-los a se tornarem protagonistas de suas próprias histórias e indivíduos mais autônomos.
JUSTIFICATIVA Este estudo é motivado pela necessidade de integrar o desenvolvimento socioemocional na rotina escolar. Nosso objetivo é fornecer aos alunos as ferramentas que eles precisam para reconhecer suas emoções e se relacionar de forma respeitosa e empática com as pessoas ao seu redor. Ao focar no desenvolvimento de habilidades como empatia, coragem, gratidão, amor-próprio e criatividade, estamos construindo um ambiente escolar mais colaborativo e positivo, um verdadeiro lar de pertencimento e crescimento. Como já destacamos, a escola precisa ser um espaço que sente, escuta e acolhe, pois educar com escuta é um ato poderoso que comunica à criança que ela importa e que sua voz tem valor. A importância da educação socioemocional é tão significativa que fica clara: "É preciso sentir para fazer sentido..." Percebemos que o aprendizado realmente precede o desenvolvimento, e o conhecimento se forma através das interações sociais e das experiências emocionais ricas. Nesse sentido, "a educação é um processo onde o saber se fixa no afeto, nas emoções e nos sentimentos. Aprender é, antes de mais nada, uma vivência que envolve nosso corpo e nossas emoções, e não se limita apenas à razão ou à mente" (VYGOTSKY, 1984). É importante ter um olhar renovado sobre a infância e a adolescência. Mais do que simplesmente corrigir atitudes, precisamos descobrir o que as motiva. Observar a criança além do que ela mostra: o que ela sente? O que a silencia? Qual pedido de ajuda está escondido em suas ações? Voltar à essência da infância significa permitir o brincar livre, aprender a aceitar frustrações, crescer com os erros e desenvolver a autonomia. É na simplicidade de uma infância vivida plenamente que se constrói a força para o futuro. A família, com seu papel insubstituível, é igualmente crucial. Precisamos pensar em como os pais têm orientado seus filhos, considerando a importância dos limites claros, dos exemplos que inspiram e do tempo de qualidade dedicado a eles. A liberdade sem rédeas tem, infelizmente, gerado crianças com baixa tolerância à frustração e muita dificuldade em aceitar um “não”. A autoridade dos pais não está na rigidez, mas sim na presença constante, na coerência do que fazem e na responsabilidade que assumem. Educar é caminhar junto, corrigir com carinho e apoiar com firmeza. A educação é, de fato, uma responsabilidade compartilhada que une família, escola, Estado e sociedade. É fundamental pensar no que alimenta o lado emocional das crianças. Elas são alimentadas emocionalmente por redes sociais, músicas, vídeos e influenciadores. É verdade que o tipo de conteúdo que consumimos pode impactar profundamente nosso comportamento, autoestima e até nossos relacionamentos. Por isso, é tão importante que os pais fiquem atentos e ofereçam uma orientação cuidadosa ao longo desse processo. Não se trata apenas de controlar o que os filhos assistem ou jogam, mas de ter diálogos abertos que os ajudem a compreender o impacto do que consomem. O que vemos e ouvimos tem um peso real nas nossas emoções e comportamentos. O uso excessivo de telas, por exemplo, está ligado a um aumento da ansiedade, solidão e baixa autoestima entre as crianças.